A insustentabilidade da exploração dos recursos da terra e as desigualdades sociais reservam-nos um futuro imprevisível. Não é inocente o uso da palavra revolução no nome de batismo das eras económicas. Jeremy Rifkin fala-nos de uma terceira revolução industrial anunciada por um novo poder: partilhado, descentralizado, colaborativo. No tempo presente, várias experiencias no setor da economia, apoiadas em software para a criação de moedas alternativas [Cyclos4communities, um servicio gratuito para crear bancos de tiempo o redes de trueque con moneda social, página 14] dão inicio a centenas de experiencias um pouco por todo o mundo.

Falamos da criação de novas relações económicas,

baseadas na promoção do consumo local e na justiça social. Se aparentemente faltam soluções institucionais para a resolução da crise económica o desejo de articular alternativas vai mostrando que os cidadãos podem ser o elemento central na criação de uma sociedade mais justa e sustentável. Na cidade do Porto queremos destacar o Ecosol e convidar os leitores para visitar e conhecer esta rede em https://communities.cyclos.org/ecosolporto. “Porque uma moeda local gera abundância, mesmo em tempos de crise. Ela é criada e organizada pelos próprios membros da comunidade, portanto fortalece a auto-organização, tornando a comunidade mais resiliente e menos dependente do sistema económico vigente. Porque é distribuída de forma equitativa. Porque fortalece os laços na comunidade e valoriza o ser humano. Porque fomenta a figura da pessoa prosumidora (consumidora e produtora ao mesmo tempo). Porque cuida da natureza, uma vez que os bens e serviços que promove são produzidos de forma ecológica e/ou artesanal, e se trocam a nível local, reduzindo a pegada ecológica e os gastos inerentes ao transporte. Porque valoriza a arte e a cultura não dominantes.”

 

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